Mosteiros Medievais
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Principais mosteiros
Principais Mosteiros
A Sainte-Chapelle é uma capela gótica situada na Ilha de la Cité em Paris, construída no século XIII por Luís IX (São Luís). Foi projetada em 1241, iniciada em 1246 e concluída muito rapidamente, sendo consagrada em Abril de 1248. O seu patrono foi o devoto rei francês Luís IX, que a construiu para servir de capela do palácio real.
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister. Está classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional, desde 1910, IPPAR. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em 1834 os monges foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as ordens religiosas de Portugal durante a administração de Joaquim António de Aguiar, um primeiro ministro notório pela sua política anti-eclesiástica.
A Catedral de Colônia (português brasileiro) ou Colônia (português europeu) (alemão: Kölner Dom), localizada na cidade alemã de Colônia, é uma igreja de estilo gótico, o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial.
A construção da igreja gótica começou no século XIII (1248) e levou, com as interrupções, mais de 600 anos para ser completada. As duas torres possuem 157 metros de altura, com a catedral possuindo comprimento de 144 metros e largura de 86 metros. Quando foi concluída em 1880, era o prédio mais alto do mundo. A catedral é dedicada a São Pedro e a Maria.
Foi construída no local de um templo romano do século IV, um edíficio quadrado conhecido como a "mais velha catedral" e administrada por Maternus, o primeiro bispo cristão de Colônia. Uma segunda igreja foi construída no local, a chamada "Velha Catedral", cuja construção foi completada em 818, que acabou queimada em 30 de abril de 1248.
Com a Segunda Guerra Mundial, a catedral acabou recebendo 14 ataques por parte de bombas aéreas e não caiu; a reconstrução foi completada em 1956. Na base da torre noroeste, um reparo de emergência realizado com tijolos de má-qualidade retirados de uma ruína próxima da guerra permaneceu visível até fim da década de 1990 como uma lembrança da guerra, mas então foi decidido que a parte deveria ser reformada para seguir a aparência original.
Segundo a tradição, no interior da catedral está guardado o relicário de ouro com os restos mortais dos Três Reis Magos Baltazar, Melchior e Gaspar
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Estrutura dos mosteiros
1. Estrutura dos mosteiros
1. Igreja: a) Sala de escrever no piso térreo; biblioteca no piso superior; b) Sacristia no piso térreo; guarda-roupa das vestes litúrgicas no piso superior; c) Celas para irmãos da ordem que estiverem de passagem; d) Residência do reitor da escola externa; e) Residência do guardião; f) Sala de recepção de hóspedes importantes e para a escola externa; g) Sala de recepção para todos os visitantes do mosteiro; h) Sala de recepção para a Casa do Peregrino, o Hospício e os edifícios administrativos; i) Residência do administrador da Casa do Peregrino e do Hospício; j) Locutório dos monges; k) Torre de São Miguel; l) Torre de São Gabriel; 2. Sacristia; 3. Dormitório de monges no piso superior; caldeira auxiliar no piso térreo; 4. Banhos dos monges; 5. Lavatórios dos monges; 6. Refeitório dos monges no piso térreo; guarda roupas no piso superior; 7. Adega de vinho e cerveja dos monges no piso térreo; dispensas no piso superior; 8. Cozinha dos monges; 9. Padaria e cervejaria dos monges; 10. Cozinha, padaria e cervejaria dos hóspedes importantes; 11. Casa para hóspedes importantes; 12. Escola externa; 13. Casa do abade; 14. Cozinha, despensa e banho do abade; 15. Casa para sangrias; 16. Casa do médico; 17. Noviciado e hospital; 18. Cozinha do noviciado; 19. Banho do noviciado; 20. Casa do jardineiro; 21. Galinheiro; 22. Frangos e gansos; 23. Cercado para gansos; 24. Ganadaria; 25. Atelier de artesãos; 26. Anexo do atelier de artesãos; 27. Moinhos; 28. Fornos; 29. Forno da cal; 30. Silo de cereais para cerveja; 31. Casa do Peregrino e Hospício; 32. Cozinha, padaria e cervejaria para peregrinos; 33. Estábulo para cavalos e bois, alojamento do estabuladeiro; 34. Alojamentos para o exército do imperador (a identificação não é segura); 35. Curral das ovelhas e alojamento do pastor; 36. Curral para as cabras e alojamento do cabreiro; 37. Estábulo para as vacas e alojamento do vaqueiro; 38. Alojamento para os serventes das propriedades externas e para os serventes pertencentes ao exército do imperador; 39. Pocilga e alojamento do porqueiro; 40. Estábulo de águas prenhas e de potros e alojamento do cuidador; W. Claustro; X. Jardim de ervas medicinais; Y. Sementeira e horto; Z. Jardim de ervas medicinais.
O espaço dos mosteiros
A definição e caracterização dos seus espaços e as relações que estabeleceram entre si, a organização do conjunto, deveria conduzir à predisposição para o conhecimento e para a revelação e para o conhecimento.
Deste Saint Gall, o designado plano ideal, do Mosteiro Suíço do século IX101, que a organização do espaço do Mosteiro, dos seus diversos edifícios, das suas diversas funções, demonstra um modelo submetido à vida contemplativa; uma ordem espacial que se estrutura na proporção geométrica, no número, na determinação funcional do cerimonial litúrgico e da utilidade sagrada das práticas monásticas, uma ordem que é reflexo e revela o edifício ordenado que é a criação.
Os mosteiros representam, com esta concepção e estrutura espacial, uma máquina de sagrado e de sagração; um modelo de comunidade salva da perdição dos rigores da natureza do milénio que, pelos ritos colectivos e pela regra de vida se enlaçam no conhecimento divino em todos os aspectos da vida quotidiana, numa participação diária dos mistérios de Deus suportada pelos espaços sagrados dos mosteiros. Os homens têm assim o meio de sair da sua natureza, tornando-se eles próprios profetas, isto é, anunciadores de Deus; o mosteiro é, no seu conjunto, um lugar construído com a vocação do pensar colectivo, da contemplação, da procura de compreensão pela apreensão da grandiosidade divina - a exegese que na Idade Média substitui o raciocínio; um reduto de desenvolvimento do conhecimento, um edifício gerador de saber.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Vida nos mosteiros
Nos mosteiros beneditinos de toda a Europa medieval, os monges eram arrancados ao minguado conforto dos seus colchões de palha e ásperos cobertores pelos sineiros, que os despertavam às 2 horas da madrugada. Momentos depois, dirigiam-se apressadamente, ao longo dos frios corredores de pedra, para o primeiro dos seis serviços diários na enorme igreja (havia uma em cada mosteiro), cujo altar, esplendoroso na sua ornamentação de ouro e prata, resplandecia à luz de centenas de velas. Esperava-os um dia igual a todos os outros, com uma rotina invariável de quatro horas de serviços religiosos, outras quatro de meditação individual e seis de trabalhos braçais nos campos ou nas oficinas. As horas de oração e de trabalho eram entremeadas com períodos de meditação; os monges deitavam-se geralmente pelas 6.30 horas da tarde. Durante o Verão era-lhes servida apenas uma refeição diária, sem carne; no Inverno, havia uma segunda refeição para os ajudar a resistir ao frio.
Era esta a vida segundo a Regra de S. Bento, estabelecida no século VI por Bento de Núrsia, o italiano fundador da Ordem dos Beneditinos, canonizado mais tarde. S. Bento prescrevia para os monges uma vida de pobreza, castidade e obediência, sob a orientação monástica de um abade, cuja palavra era lei. Luís, o Piedoso, imperador carolíngio entre 814 e 840, encorajou os monges a adoptarem a Regra de S. Bento.
E, por volta de 1000, a regra seguida praticamente em todos os mosteiros da Europa Ocidental inspirava-se na dos Beneditinos, tal como muitos dos edifícios se baseavam no "modelo" delineado para o Mosteiro de St. Gallen, na Suíça, em 820.
Nos seus jardins murados, os monges cultivavam ervas medicinais; num dado momento ninguém sabe quando , ocorreu-lhes a ideia de adicionar algumas ervas à aguardente, inventando assim o licor beneditino. Pode parecer estranha esta associação da vida monástica com o luxo das bebidas alcoólicas, mas o vinho foi sempre uma bebida permitida aos Beneditinos.
Mosteiros, edifícios do saber
Mosteiros, edifícios do saber
A tarefa do homem medieval de “construir um edifício” de saber a partir das parcas heranças escritas que chegaram à sua época tem um paralelo com a construção da base de dados de informação e de conhecimento que se está a gerar com o surgimento das novas tecnologias, especificamente com a Internet.
O saber unificador que o homem medieval assegurou permitiu moldar as mentalidades para suportar as inúmeras dificuldades dos primeiros 500 anos após a queda do Império Romano, organizando as formas de conhecimento que possibilitaram os desenvolvimentos técnicos que estarão na base da conquista da organização da sociedade medieval e que constituem a génese do mundo ocidental tal qual o conhecemos. A ideologia cristã definiu uma estrutura de saber completo: um saber que limita e orienta a doutrina teórica e o conhecimento, que orienta as experimentações técnicas e os desenvolvimentos tecnológicos; um saber que legitima a estrutura social.
As bases filosóficas da antiguidade, que revelam e fundamentam o universo cristão e o seu saber, fazem da Idade Média uma época de recuperação indirecta, mas contextualizada, dos conhecimentos antigos. Os princípios neoplatónicos das escrituras sagradas informam o misticismo da fé e determinam o universo de saber que justifica a sociedade medieval e o seu papel na história.
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